Silêncios
Ouço silêncios aflitos
Vejo olhos marejados
Ombros cansados
Pesados pelas dores
Murmúrios da alma
Vento que acalma
Desarma e transcende
Entre as tormentas
Que a vida nos impõe
Vejo interrogações
Um mundo de senões
Com a bela aparência
Dor mascarada
Usando traje de gala
A tristeza veste o sorriso
O tempo é um aviso
Que vai e que vem
Entre o ponto de mutação
Abraço os sons do espírito
Como oração que sublima
E anima os seres
A caminho da plenitude
Somos reféns do silêncio
E de mil gritos
Aflitos
Restritos
Diminutos
Até que sejamos
Protagonistas da vida.