Covid 19 parece o nome de um filme de ficção cientifica que arrasta multidões às telas do cinema. O cenário é de um filme de guerra, uma guerra mundial na qual o inimigo não é o homem lutando contra o homem ou uma nação contra nação. O inimigo é invisível. Ele quer destruir a raça humana, a qual se uniu tenazmente para combatê-lo.
Houve um tempo em que não pensava em me tornar pai.
Examinando as Sagradas Escrituras é possível perceber claramente que Deus falou diretamente a seu povo no Velho Testamento, transmitindo seus ensinamentos e exortações, na pessoa de Abraão, Noé, Davi, Salomão, Isaias, Jó, Jonas, entre tantos outros.
Era uma bela noite de sexta-feira. Típico dia de verão. O ideal para tomar uma cerveja num bar e beliscar alguns petiscos. Dia sagrado do Happy Hour dos amigos: um divorciado e dois solteiros.
O ano de 2014 foi de muito abuso no campo gastronômico: comida e bebida à vontade. Preocupação. Compulsão alimentar. Vida sedentária. Stress. Cheque especial. O trabalho diário em cima da análise de pesados processos processuais no campo criminal. Família, fé e literatura como válvulas de escape. Depois vamos pagar a conta, talvez o ano que vem...
Crônica que reflete o momento atual, publicada no meu recente livro lançado, Entre Pedras e Sonhos, Crônicas, Editora Evangraf, Porto Alegre, 2013, págs. 52/54.
Um dos livros mais impressionantes que já li foi o de Og Mandino, O Maior Vendedor do Mundo, que nos incita a vivermos o dia de hoje como se fosse o último de nossas vidas, através da leitura de pergaminhos.
Era um dia chuvoso e de muito sofrimento para a família. A viúva de Epaminondas estava inconsolável e chorava copiosamente junto ao corpo do marido morto. Acidente Vascular Cerebral. Pressão Alta. Gordo. Fumante inveterado. Sedentário. As coisas só podiam acabar assim, com apenas cinquenta anos de idade. Uma lástima. Filhos adolescentes. Carreira profissional em ascensão. O certo era que aquele dia do mês de maio, do ano de 1990, jamais seria esquecido. O finado era tido como um santo. Consenso geral.
O tempo tangencia
Distâncias e ausências
À beira-mar
Somos todos iguais
Semi-nus em busca de um lugar ao sol
Em busca da água e da sombra
Formamos castelos de areia
Que se apagam
Tal como passos perdidos
Em direção ao nada
Levados pela força das
Mas, resta um sopro de esperança
Perdoem o canto abafado
O som reprimido do peito
A voz da alma que não fala
E não entende os fatos
Apenas cala diante da tragédia
O fogo fulminando sonhos
Dizimando vidas e esperanças
A negligência das autoridades
O alto preço da omissão e descaso
Naquela noite de Santa Maria
Não tenho boa impressão de pessoas muito preocupadas com a forma. Não digo só em relação à beleza física (corporal), mas também na elaboração de trabalhos escritos, na maneira como falam e como se comportam. Acho particularmente desnecessário.
Marcos nasceu no seio de uma família estruturada. Pai, mãe, avó sempre presente e uma babá carinhosa e possessiva, do tipo que não deixava a criança se aproximar das outras. O pequeno menino passou a frequentar a escola e como não estava acostumado a brincar - filho único- logo estranhou o convívio com outras crianças e um mundo completamente novo.
Arlete tinha quase oitenta anos, mas aparentava no máximo setenta. Vaidosa. Rosto plastificado. Cabelo cor de caju. Unhas sempre bem feitas. Viúva de um Coronel da Brigada. Pessoa culta que falava francês, tocava piano, mãe dedicada e avó carinhosa.
Apenas caminhar entre silêncio dos ventos. Sentir a beleza que se desnuda a cada flor brotada em solo infértil. Em cada sorriso de adeus que permeia as lembranças e as saudades. Ir além do universo, num mundo invisível onde apenas o fogo clareia as incertezas e pousa suas brasas sob as águas crespas do mar da existência. O mapa das águas do destino onde se descortinam peixes, sal e navios em busca de um porto seguro que atende pelo nome de família.
Eles estão de volta. Os super heróis do rádio e na televisão. É verdade que eles não voam com a capa do Super Homem, tampouco têm o bracelete mágico da Mulher Maravilha. Nossos atores se parecem muito com o homem aranha, pois sabem tecer teias e escalam montanhas para atingir os seus objetivos. Eles não mostram seus rostos, pois preferem escondê-los atrás da máscara do Batman. Eles são os próprios mascarados. Dizem que lutarão esgrima feito o zorro, por isso municiamos nossos heróis com espadas, mas diante do duelo travado preferem fugir a lutar.
Dizem que os portugueses são bigodudos, os alemães muito alegres e beberrões, os italianos gordos e comilões e os franceses antipáticos e sem sociabilidade alguma com o turista. Talvez pensem que nós, brasileiros, somos sambistas, todos pardos e que vivemos no meio da Amazônia ou que em todo nosso território tenham praias paradisíacas e não faça frio...
Barbara e Lucrecia moravam num bairro afastado da cidade. As duas eram vizinhas de porta. Quarentonas e dona de casa. Elas tinham tudo para serem ótimas amigas, seja no empréstimo de um esmalte a doação de uma xícara de açúcar. Bom seria se fosse assim. As duas eram ferozes inimigas e o pivô de toda a briga era Renan.
Alzira era uma daquelas tradicionais avós, de cabelos brancos, usava um xale triangular em crochet nas costas e um batom cor de rosa nos lábios. Excelente doceira. Ela parecia uma avó dos contos de fada. O cabelo sempre preso com um coque, olhos muito azuis. A senhora de rosto rosado, com marcas de expressão e a voz terna, como se estivesse sempre nos abraçando, através de suas palavras açucaradas.
Os franceses são considerados um povo chique e metido. Eles não têm paciência com os turistas. Falam muito rápido, são magros e tem fama de não serem muito chegados à banho... Definitivamente eles são um povo incompreendido e mal interpretado... e realmente não teria como serem de outra maneira.
Quem falar na previsibilidade da vida é por que não chegou aos quarenta. Na semana passada, recebi um telefonema de um amigo que não via há aproximidamente quinze anos... ou mais. A idéia era de reunir a turma de novo e ele, após exaustiva busca, achou o telefone dos meus pais e, através deles, obteve meu número...
Esses dias caminhei no parque. Domingo pela manhã, ideal para este tipo de programa. Um passeio diferenciado, pois comi cereja e pitanga do pé. Fiquei com vontade de subir nas árvores e colher a fruta madura, mas não quis tirar o alimento dos pássaros... Se eu tivesse um filho, talvez não me sentisse tão constrangido, mas como sou um quarentão, achei que a cena ficaria patética.
Os vendedores de picolés, de guardachuvas, de remédios para renite e os floristas nunca entram num acordo quanto à melhor estação do ano. As grandes lojas e atacados preferem o congelante inverno onde as roupas são mais caras. Eles nos vendem aquela imagem de que a roupa de inverno é mais elegante. Sim, o preto sempre fica bem, pois emagrece, então acabamos nos fartando da boa comida e da bebida e achando que estamos muito elegantes.
Da janela da sacada
O tapete roxo dos jacarandás
Árvores dançam à luz da lua
E a noite cai em poesia
É melhor não brigar com os vizinhos. Dizem os mais precavidos que podemos precisar de um ovo, uma xícara de açúcar, de azeite ou uma cebola. Na verdade, nunca ouvi dizer que alguém precisasse de um ovo, no meio da madrugada, a menos que a esposa estivesse grávida, mas é certo que os desejos das gestantes são bem mais exóticos e não se encontram apenas um andar acima do nosso. Além disso, ovo faz mal para o colesterol e azeite então... os nutricionistas dizem que é melhor usar o azeite de oliva, mas isto é tão caro que a gente não se atreveria a pedir aos vizinhos. E quanto ao açúcar... bem vivemos num mundo de adoçantes artificiais e na luta constante contra a balança, pedir uma xícara de açúcar emprestada está fora de moda e é sinal de pão durice aguda.
Da boca dos bêbados, sábios e boêmios à boca dos políticos, jornalistas e juristas; dos bares, prostíbulos e casas de jogatina aos gabinetes, igrejas, tribunal e parlamento correu aquele boato. E assim, já espalhada por toda a cidade, chegou aos meus ouvidos a versão dos fatos extraordinários que passo a contar.
Estou aqui
Com olhos ao vento
E um canto contido
Numa voz embargada
Um tanto sofrida
Nesta curva de espaços
São tantos os lapsos
Neste hiato da vida
Tênue raio de luz
Tangenciando sonhos
Apanhando sóis
E cordas de violino
Música de orquestra
De dificil regência
Na última noite, aquela tempestade danada, tive um sonho ruim: em meio aos raios e trovões, sonhei que era o Francenildo.
Dizem que quando bate os 4.0 a gente começa e envelhecer. Nunca parei para pensar nisso, pelo menos, de forma objetiva. Sou uma pessoa de bastante energia e disposição e tenho muitos sonhos ainda a realizar... Mas, a verdade é que o tempo da mocidade passou e já não me identifico mais com muita coisa dos dias atuais. Muitas vezes quando escuto músicas na rádio não tenho nem ideia de quem esteja cantando... o que é próprio da geração dos anos 80 e 90.
Acho graça que quase sempre quando pergunto a alguém sobre o que achou deste ou daquele lugar, a resposta é sempre a mesma: bonito.
Dizem que dinheiro é um mal necessário. Um mal que compra bens. Mal e bem, duas figuras opostas na relação de consumo... É engraçado observar como as pessoas gastam o seu dinheiro. Algumas despedem uma verdadeira fortuna no supermercado. Acho que é uma forma de se sentirem ricas, afinal a geladeira cheia de coisas boas para comer e beber faz com que tenhamos a sensação de riqueza. Não importa muito se as paredes da casa estão sem pintura ou se uma das bocas do fogão não acende mais, o certo é que nos sentimos melhores com muita comida à disposição.
Envolto em lembranças
Navego ao rumo do nada
E chego a lugar nenhum
Dizem que religião, política e futebol não se discutem. Pois bem, eu gostaria, ainda que saiba que o assunto seja polêmico, falar em torno de religião, pois futebol deixo para especialistas e política para aqueles que gostam de enganar o povo com falsas promessas. Não que me considere um expert em religião, muito longe disso, mas penso que posso discorrer minhas observações pessoais.
O pôr do sol na minha cidade
É o rei, sua majestade
Com cores de fogo
Tem coroa de ouro
E espraia poesia no rio
Tem cores alaranjadas
Tons de rosado do ceú
No outono sem véus
Sob às águas de março
Na ternura de um abraço
No ano passado, com o peso muito acima do desejado, entrei no ônibus em Porto Alegre e sentei no banco preferencial, o qual é reservado para gestantes, idosos, portadores de deficiência física e obesos, sendo que me enquadrava na última categoria. Afinal, com um grau de obesidade 2 ninguém poderia me tirar de lá, pois eu fazia parte deste grupo e estava usufruindo desta condição, enquanto muitas pessoas estavam de pé.
É engraçado retornar a cidade natal depois de algum tempo. Muitas coisas parecem ter mudado. Claro que visitei Porto Alegre durante esses cinco anos, mas de passagem e não para ficar. Olhar a cidade com olhos de turista é diferente do olhar do morador. A cada rua que se passa se descobre algo novo, um edifício em construção, uma loja que inaugurou, uma pizzaria nova e outra que não existe mais e tantas coisas que ficaram e ficarão.
Época de recomeçar
De arar a terra
O silêncio se esconde
Nas frestas da alma
No sótão da memória
Varandas caladas
Versos hibernados
Inspiração fluídica
Tal como as cores do outono
O gris que encobre o verde
E explode no vermelho das folhas
A audição é o mais democrático de todos os sentidos. O gosto musical vai do clássico ao sertanejo e do romântico ao funk; ou seja, tem preferência para todos os lados. De resto, as pessoas costumam ter um faro apurado, tato apessegado, paladar aveludado e um olhar grifado.
O tradicional conceito de família patriarcal, formado pela presença do pai, da mãe e dos filhos vem, paulatinamente, cedendo espaço a um novo conceito de estruturação familiar, baseada sobretudo em vínculos de afetividade, sendo cada vez menos formalista.
O mês de julho pode ser comparado a uma azeitona. Ou se ama, ou se odeia. Sim, é impossível ficar indiferente a ele, tampouco à azeitona.
A alma lavada
Desprendidamente solta
E embriagada com o vinho
Poder sedutor do álcool
Lancei meu olhar
Entre o mundo dos sem tetos
Lágrimas sem vetos de ilusão
Passeei no uivo do vento
Vivi a ausência do presente
Quase todo mundo gosta de uma boa cervejinha, a famosa loura gelada, no final- do- dia. Alguns preferem o romantismo do vinho ou a sofisticação do champanhe. Outros apostam no charme empresarial do whisky.
É... ainda não tiraram a nossa capacidade de refletir e de querer mudar as coisas. Gosto muito de uma antiga música do Oswaldo Montenegro, que não sei o título, mas que fala com o sonho de ver a feia na vitrine.
Esperança que toca na alma
Nos lábios do outono
Nas noivas de maio
No canto azulado das mães
No manto sagrado de Maria
No ventre do silêncio
Gestação de tantas lutas
E reclusos tempos...
Antigamente, chique era viajar ao Rio de Janeiro, com toda a família, de avião. Almoçar num restaurante caro, usar roupas de grifes ou um bom perfume francês. Claro que para muitos, isto continua sendo sinônimo de status social, mas nos dias atuais, chique mesmo é ir ao médico, fazer uma cirurgia plástica e ter uma ação na justiça, como autor da demanda.
Não sei se tudo vale a pena
Nem mesmo este poema
Nem as pedras removidas
Tampouco as promessas feitas
Perdidas ao vento
E que não voltam mais
Vento, onda salina do mar
Que cai dos meus olhos
Oculta lágrima fugaz
De escravo silêncio.
Tem gente que vive exclamando por qualquer coisa, é exagerado e sua vida é um superlativo. Outros vivem nos interrogando sobre seus questionamentos. Alguns de nós finalizamos nossas respostas com pontos finais. E não faltam aqueles que têm uma vida virgulada por ações e pensamentos vagos, como verdadeiras reticências...
Nos dias de hoje precisamos de proteção. A queda da bolsa, a crise na economia e os crimes que assolam o país indicam que necessitamos de imantação. Algo que nos proteja de todos os males e nos traga prosperidade. Não necessariamente que nos conduza a ganhar na mega- sena, afinal os ricos também têm problemas, como o medo de seqüestros, coisa que quem come feijão com arroz não precisa se preocupar. O importante é que tenhamos paz de espírito, proteção espiritual e que possamos pagar o preço do pão nosso de cada dia.
Não apaguem as luzes e os raios de sol
Nem tentem vendar os olhos dos justos
Atando laços de sombra em muros de gelo
Erguidos às tempestades, às raivas humanas
Ao som da vaidade e da pedra do egoísmo
Império do mundo-são tantos os pecados
Gerando mil frutos-cisão de nações
Guardados os sóis e as estrelas dos povos
Os ramos de flores e o enfeite das belas
Esconderam a bandeira que é verde e amarela
Não falaram do sangue e do suor que ela tem
Para onde nós iremos?
Vivemos sob o signo do pessimismo. Ou, talvez, do fatalismo e da baixa auto-estima. Culpamos a política e o governo desde o Império Romano. Péssimas são as noticias do jornal que só tratam de tragédias e bandidos. Culpa de nós mesmos, que adoramos falar mal do nosso país, esquecendo que temos uma das maravilhas do mundo atual. Melhor é sonhar com o mundo utópico, além do oceano, sem dengue ou queimadas, mas com terremotos e conflitos que não sentimos.
Os Águias pousam e autografam! Na próxima sexta-feira tem sessão de autógrafos na Livraria Arco-Íris.
Que as dores não prendam
Tua voz que é grito de todos
Nem subtraiam da vida
O aroma das manhãs
Busca a semente do sonho
Parte rumo a esperança
A aliança que te une ao céu
E que tua fé alada invoca
Galopa nos trilhos da estrada
Em terras plantadas de paz
Com grande alegria aconteceu na noite de ontem, a abertura oficial do II encontro: 'E os Águias Pousaram em Gramado'. Foi uma noite memorável em que artistas plásticos, escultores e amantes das artes em geral reuniram-se em clima festivo e celebraram a união como lema do nosso grupo.
Procuro mil cantos
Notas de azulada paz
O som da criança
Que motiva a esperança
E envaidece o tempo
Feito promessa
Página futura
Que a vida escreverá...
Cansaço que pesa sobre o corpo
Sobre os ombros do outono
Sobre as águas plácidas de março
Nos lábios dos mais velhos
Que se calam a luz da lua
E repousam no canto do silêncio
Envelhecido pelas estações
Amarelada página
De livro relido...
Vivemos em torno de chocolates. Branco ou preto. É sempre uma ótima pedida, na Páscoa é indispensável. No Natal é interessante. O presente ideal quando não sabemos o que oferecer para alguém. Bombons de licor para as senhoras de mais idade ou licor para as mais requintadas. A verdade é que nossa cultura gira em torno dos chocolates, as crianças que o digam.
De repente, ontem faltou luz. Um acontecimento banal. As luzes vão e vêm. O sol nasce e se põe. Idas e vindas da lua, dentro de ciclos. O fato é que estamos acostumados com a luz elétrica e não tê-la, ainda, por alguns momentos, é motivo de pânico para alguns e de sossego para outros.
Imagine um mundo perfeito. Um lugar onde as pessoas vivessem bem e não precisassem trabalhar. Não estudassem para o vestibular e nem fizessem cursinho e, milagrosamente, conseguissem ingressar na faculdade. A favela fosse lugar seguro. Um lugar onde não houvesse necessidade de pagar as contas, tampouco ir ao supermercado. As empregadas da casa fossem sempre sorridentes e as melhores amigas das patroas. Todos fossem magros e belos, apesar da mesa do café da manhã sempre repleta de bolos, geléias, pães e queijos. Os políticos fossem honestos e amigos do povo. Os amores impossíveis sempre vencessem os obstáculos. E o vilão, no final das contas, sempre morresse, apodrecesse na cadeia ou enlouquecesse...
Não negues ajuda a um amigo
Não te omitas quando puderes ajudar
Não existe nada melhor do que as férias. Pausa e reflexão. O sujeito percebe que o céu é azul e que a natureza é cheia de pássaros. A gente consegue olhar a parede da casa é ver que está mal pintada, que está na hora de trocar as toalhas de banho ou de ir ao supermercado. As esposas adoram tanto espírito cooperativo. Os maridos mais ousados até se dispõe a discutir a relação.
Minhas asas tolhem o vôo
O medo do azul me constrange
E a força do vento se inclina
Na curva da vida por onde moro
O dia floresce nas rochas
Na rebentação das ondas nos mares
O pôr-do-sol me seduz em rimas
Poética contemplação...
Escola, universidade, pós e a faculdade da vida... Estamos constantemente aprendendo e ensinado os outros. Entretanto, atualmente, por força das facilidades da vida moderna, estamos literalmente desaprendendo e nossos costumes têm mudado freneticamente.
É incrível imaginarmos que trabalhamos o ano todo visando uma vida mais simples. Nada de ternos ou vestidos longos. Salto alto ou gravatas. Na verdade, o que buscamos é estar de chinelo-de-dedo, calção de banho, bermuda ou biquíni. Um milho verde, um picolé e uma água de coco já nos satisfazem. Buscamos a beira do mar e um lugar ao sol...
Eu tenho um canto alado
minha nota é dó maior
queria ver o sol
talvez lá na curva do amanhã
ou na ré que às vezes a vida dá
Para alguns é o dia de comer peru e salada de maionese. Outros, ao contrário, já vêem a época como propícia para dar e receber presentes. É a oportunidade de quem sabe ganhar aquela tão sonhada roupa ou brinquedo. Uma parte das pessoas sente-se feliz por que é um dia de descanso. O Natal representa todas estas coisas, mas acima de tudo, é o nascimento de Cristo.
Diz o ditado popular que para ser rico é preciso nascer em uma família rica ou se casar com alguém que tenha posses. Bem, eu diria também que ter um filho rico.
A sociedade brasileira tem estado perplexa com o aumento desproporcional da criminalidade. Mata-se por qualquer coisa, pelo simples prazer de tirar a vida de outrem.
Desperta teu grito e te afasta do laço
Percorrendo mil mundos a procura de abraços
A procura de espaço, de sol e mais cantos
Cavalgando valente nas estradas da luta
Semeando ideais no solo esperança
Hasteando mais alto a bandeira dos sonhos
Coluna concreta de nobre cimento
Estrela que brilha, polido é o azul
Ninguém duvida que o brasileiro goste de mulher (pelo menos, uma boa parte), de carro e de futebol. A mulher pode ser feia, o carro pode ser velho e o time pode ter sido rebaixado para a segunda divisão. Entretanto, tem status quem possui, pelo menos, um desses três itens. É uma questão de prestígio e de necessidade vital.
É o pássaro que canta na gaiola...
Confesso que estou com saudades. Não aquele sentimento que dói e que, por dentro, corrói. Uma saudade boa e contemplativa, aquela própria dos poetas. Sinto saudades do sol e de um azul celeste límpido, onde a imagem do cruzeiro resplandeça.
Caminha no silêncio da madrugada
No trilho da luta
Em noites de outono
Em noites sem sono
Que o forte disputa o trono da paz
A vitória sem preço
Que não teve começo
E nem fim terá.
A semana passada foi marcada com grande êxito no Centro Municipal de Cultura de nossa cidade com a exposição dos trabalhos dos associados do Grupo Águia - AmiGos Unidos Incentivando as Artes, nas suas mais diferentes modalidades: artes plásticas, exposição de livros, varal de poesias, esculturas, tecelagens, artesanato, entre outros.
Águias nós somos
Desafiamos a força dos ventos
Com a pureza do nosso canto
Lapidado ao som do outono
Nas cordas das manhãs de maio
Alçamos unidos vôos celestes
Percorremos tantos sonhos
Nas estações do tempo
Ciclo vital da esperança
Na busca incessante do sol
Cantado na chuva, pela fé.
Hoje em dia ser poeta é quase como ser ufólogo. As pessoas estranham muito o fato de alguém ser poeta, principalmente, se tiver menos de quarenta anos. Afinal, é mais natural encontrar um jovem em uma danceteria do que em um sarau literário. Particularmente, sempre fui o mais novo das associações literárias - e continuo sendo, o que tem me enriquecido.
De repente bate uma tristeza infinita... Dessas que não têm tempo e nem hora para ir embora, feito a chuva fina que cai lá fora.
O vento embala o pensamento
O sentimento de vaga nostalgia
Galopa sob as ondas da noite
Nas frestas ocultas da lua
De onde brota a inspiração
O gérmen da rima
E o canto de celeste esperança.
Talvez não exista nada mais distante que a lua. Alta e envolta em céu azul. Intangível e tão distante, para a maioria de nós, mas nem tanto assim... Confesso que desde que comecei a cortar o cabelo pelo calendário lunar a queda diminuiu e toda vez em que troco um diálogo telepático, a lua me responde em forma de poesia, com seu reflexo de prata.
Na força do teu olhar
O azul do céu se espraia
Pelas margens de teu rosto
Cândido como a luz do luar
A música celeste
É bálsamo que refresca
A alma do outono
Pelas cordas da tua voz.
Definitivamente o dia do aniversário é um dia especial. A gente se sente meio ridículo quando são contadas histórias de quando éramos pequenos ou mesmo quando são mostradas roupinhas minúsculas que usávamos. E aqueles álbuns de fotografias já meio amarelados? Mas, tudo faz parte, louvado seja o dia de aniversário em que completamos mais um ano de vida. Salve o dia 29 de julho e os meus 37 anos!
Quero ser o teu amigo
Nem demais e nem de menos
Nem tão longe nem tão perto.
Ninguém duvida que um dos templos modernos de consumo seja o supermercado. Por mais que façamos aquela lista de compras, não conseguimos segui-la. É um bom lugar para exercitarmos o nosso lado de economista. Um templo aonde o indeciso é forçado a se decidir entre aquele produto ou o outro, inclusive, em relação a preços, texturas, qualidades e aromas. O supermercado é um lugar de encontro e também de paciência, pois precisamos exercitá-la, seja ficando um bom tempo nas filas, para pagar no caixa ou mesmo para comprar frios.
Sobre o mais alto dos montes, versos não vi
Colunas de homens espelham mil pedras
São grandes heróicos em hinos de vitória
Hasteados aos céus, conquistas de sonhos
Mais e mais altos mais e mais casas
De o último andar, talvez o pôr-do-sol
A lua mais próxima em alvos futuros
Em um mundo dominado por máquinas
Com homens clonados e a vida mecânica
A neblina invade a avenida
As esquinas das nossas emoções
Sob becos de tantas angústias...
Com grande mérito, muito se tem combatido o preconceito e todas as formas de discriminação. Afinal, somos todos filhos de Deus e iguais perante a lei. Mas, e os gordinhos? Os adiposamente favorecidos? Bem, quanto a estes parece que o preconceito campeia e é cada vez maior.
Vértice dos sentimentos
Geografia de emoções
Mar bravio
De corpo celeste
Brisa que refresca o ser
Sob o forte sol das manhãs
E das luas de outono
A visita do Papa ao Brasil suscitou muita polêmica, desde o forte aparato de segurança utilizado até o próprio teor da visita em si, principalmente entre os meios de comunicação social. Entretanto, o povo ficou extasiado ao ver de perto o Sumo Pontificie e também pela Igreja Católica reconhecer, de forma oficial, Frei Galvão como o primeiro santo brasileiro.
Quando o sol se puser no horizonte
No crepúsculo da tarde em matizes douradas
E da noite emergirem o medo e seus silêncios
Coração desenfreado pela incerteza do futuro
Sombras soturnas como ciladas da vida
Que um dia virão sem aviso
Lembra-te, pois...
Lua tão alta, tão bela, desnuda
Os véus desta noite-poema celeste
De um tempo remoto-passagem de outrora
Que ainda vigora, cintila, desponta
No céu tão anil
Jornada de séculos
Palco de sonhos
Bordado em estrelas
Promessas...
Freqüentemente, na qualidade de poeta, escuto muitas pessoas falarem que não gostam de poesia, pois não compreendem o seu real significado, em face da linguagem empregada e dos símbolos utilizados para expressarem uma determinada idéia.
Conta a lenda de um autor desconhecido, que havia um homem muito queixoso da vida. O motivo de seu descontentamento era de que morava numa casa muito pequena com sua família e, além disso, ganhava muito pouco. Certa vez, um sábio passou pela cidade e o pobre homem foi procurá-lo, na tentativa de que aquele resolvesse o seu problema.
Caminho às margens das lembranças
Dividindo sonhos com as letras dos versos
Por entre as brumas das manhãs de outono
Folhas de plátano caem e registram o abril
Solidão e nostalgia pelo início do frio
Incensos e velas purificam o espírito
Enquanto mantras são cantados
Raro é o sol, constante são as folhas
Velha é a figueira onde a sombra descansa
E o homem não cansa de tanto sonhar...
Nasci no ano de 1970, mais precisamente, no dia 29 de julho. Isto quer dizer que ainda não entrei na casa dos enta e, como diz o ditado, talvez minha vida nem tenha começado.
De um lado da rua passava o jovem mendigo. Mal vestido e cabisbaixo. O olhar sereno inquietava quem o contemplava. Quieto e reflexivo fazia sempre o mesmo trajeto. A paisagem magnetizava seu pensamento. Pelo caminho a esperança de conseguir alguma esmola ou um pouco de comida. Pedro parecia conhecer, de forma muito singular, a linguagem dos pássaros e os sinais do tempo.
A trágica morte do menino João Hélio, no Rio de Janeiro, abalou e comoveu o nosso país e reacendeu a discussão quanto à redução da maioridade penal.
Diz o conhecido ditado: quem canta seus males espanta. Confesso que nunca parei para pensar quanto à veracidade deste ditado popular.
É incrível imaginarmos que, entre tantas pessoas que circulam, sobretudo nas grandes metrópoles, estamos nos tornando apenas um número.
A música dos cantores Kleiton e Kledir, nacionalmente conhecida, tem o seguinte refrão: Menino Deus, teu corpo azul dourado... em Porto Alegre é bem mais que seguro... . Um hino em homenagem ao bairro que faz parte da capital dos gaúchos. Um lugar que faz parte da minha vida, pois lá vivi dos seis aos trinta e um anos.
Irmão...
Ergue o teu peito
Com a força de teus ancestrais
Com o sangue do passado
Que transcende o tempo
E que a ti pertence
Como legado vivo
Centenário parreiral.
Aves são ilhas além dos rios
Que pousam além dos mares
No campo dos sonhos de mil lugares
Segunda-feira é o dia mais odiado. Gremistas e colorados concordam, pelo menos nisto. A vilã da semana. O dia da ressaca. Do início do trabalho ou de procurar emprego. O dia em que a realidade se faz presente. Início da dieta, quase sempre quebrada. Dia do Supermercado e quantas compras sejam necessárias ou supérfluas. A promessa de mais estudo, de mudança de atitudes.
De repente, o sono da manhã é bruscamente interrompido. O despertador, sem piedade, toca. Talvez o utensílio mais detestável da casa, mas necessário. O início do dia. A realidade sob a forte neblina que se espraia pela manhã. O frio desafia a estação das flores, mas é segunda-feira...
A escola do Caic e a Literarte
As artes e a literatura estão cada vez mais próximas do público, em especial das crianças e adolescentes, devido às ações da sociedade, sobretudo das escolas, que tem tido o papel de aproximar a arte do público infanto-juvenil, como forma de fomento cultural e desenvolvimento da personalidade individual.
Não sei por onde começam os sonhos,
Nem a força que motiva seus vôos;
O vento comanda azulados cantos,
E sentimentos áridos pelo tempo.
Caminho por entre pedras
Entre vales de solidão
O deserto repousa no silêncio
E a vida viaja por trilhas
Desconhecidos caminhos
Íngremes destinos
Suor no rosto e bengalas nas mãos
Resta um punhado de fé
Um rosário de estrelas
E um canto sereno na alma
Não dito, mas sentido
Preso e sem divisão
Vivemos em um mundo em permanente conflito. Paz é a palavra de ordem. A violência praticada contra as pessoas, a crueldade dos métodos utilizados, penas desumanas tem causado indignação e perplexidade mundial. A violência contra a mulher não tem sido diferente, pois ela tem sido alvo constante de estupro, assédio sexual, agressões e humilhações, sendo que as estatísticas crescem a cada dia.
Caminha no silêncio da madrugada
No trilho da luta
Em noites de outono
Em noites sem sono
Que o forte disputa o trono da paz
A vitória sem preço
Que não teve começo e nem fim terá.
Por que te escondes nesse mundo tão teu?
E tão alto habitas no sono dos justos?
Na ida e na volta, teu tempo é um segundo
É sempre com pressa, com medo, talvez
Não sei por que não ficas se a todos agradas
Aqui há repouso, há mate e há espera
Há tanta conversa e piada esquecida
Entra e fica...
Considerações acerca da Nova Lei de Tóxicos
Foi sancionada pelo Presidente da República, a Lei 11.343/06, denominada a Nova Lei de Tóxicos, que entrará em vigor nos próximos quarenta e cinco dias, contados a partir de 24 de agosto de 2006, revogando as leis anteriores, quais sejam a Lei 6368/76 e a 10.402/02. Esta lei tem sido objeto de análise por estudiosos e operadores do Direito, tendo gerado profunda e indignada perplexidade, pois aprovada às vésperas de uma nova eleição.
Conta uma lenda, de um autor desconhecido, que havia um menino que todos os dias passeava pela praia. Entretanto, seu passeio tinha um fim solidário e nobre, pois ele devolvia ao oceano, inúmeras estrelas do mar que estavam morrendo na praia, trazidas pelas ondas. O menino sentia pena de ver as estrelas expostas ao sol, morrendo aos poucos e mesmo que não pudesse ouvir o grito de socorro das mesmas, sensibilizava-se com aquela situação e com isso, impedia que muitas delas continuassem morrendo. Certamente, sentia-se gratificado em poder cooperar para a preservação da espécie.
Para muitos ela é considerada a "mãe com açúcar" por que é mãe duas vezes, para outros ela é a matriarca da família. Símbolo de força, serenidade e sabedoria pelos anos vividos. Cada fio de cabelo branco tem a sua história para contar, na contagem dos anos.
Páginas do tempo são capítulos da vida
Letras despidas revelam nuas emoções
Sonhos escondidos nos sótãos da memória
São versos presos nas varandas do silêncio
Marcas no rosto lêem traços de solidão
Amarelam capítulos por longas ausências
São tantas histórias de cabelos brancos
Bonito é o sol como promessa da página
No alto dos meus trinta e cinco anos, meu contato mais direto com o futebol se limita a jogar bola com meu sobrinho, de cinco anos, no pátio da casa dos meus pais. Devo confessar que nunca fui um fanático pelo jogo a ponto de ficar de mal com a esposa quando o time perde, xingar os vizinhos ou ficar sem falar com os outros.
Nossa cidade está em festa com mais uma edição da Feira do Livro, evento organizado com absoluta dedicação e invulgar brilho pela professora Maria Helena Oliveira, diretora da escola CAIC. Um acontecimento, sem dúvida, com projeção em nível estadual, pois os livros lançados e vendidos são de grande qualidade e a própria feira oferece atrações culturais das mais variadas, atingindo todas as faixas etárias.
A poesia está presente na nossa vida e não raro em eventos sociais, como formaturas, são relembrados poetas universais, como Castro Alves, Shakespeare, Dante, Olavo Bilac, Pablo Neruda e mesmo o nosso Quintana, com seus poemas, em que eternizou sua paixão por Porto Alegre (nem tão alegre assim..).
Caminho sob vales íngrimes da vida. Ascendo velas como preces aos meus amigos presentes e ausentes. A lembrança embala as linhas do tempo. Saudades de tantas pessoas que já partiram... Meus avós paternos e minha tia-avó querida. O avô poeta, a avó doceira, e a tia, uma grande amiga... Rogo a Deus que os proteja e que minhas velas não se apaguem, pois o percurso é longo e a noite é alta e sem lua.
I gemiti sono i dolori del mondo
Echi profondi delle onde del mare
In ahi! di secondi nella spiaggia deserta
Nella schiuma colma di bianco e di sale
Enorme speranza vicino alla riva
Che chiede un passagio nella furia del grido
Innalzato daí canti degli arrabbiati ed afflitti
Orgoglio ferito; sono molti i conflitti.
A decisão do Supremo e os crimes hediondos
A guisa de introdução, é importante registrar que para um fato ser classificado como crime, juridicamente falando, e de acordo com a Teoria Causal do Direito Penal, precisa ser típico (previsto em lei), antijurídico (relação de contrariedade entre o fato e norma) e culpável.
Quando o sol se puser no horizonte
No crepúsculo da tarde em matizes douradas
E da noite emergirem o medo e seus silêncios
Coração desenfreado pela incerteza do futuro
Sombras noturnas como ciladas da vida
Que um dia virão sem aviso
Lembra-te , pois...
Cassiano Gilberto Santos Cabral, nascido em 29 de julho de 1970, em Porto Alegre/RS. Casado. Católico. Retornei a Porto Alegre, após cinco anos de morar na bela Gramado, coração da serra gaúcha, situada ao sul do Brasil.
Bacharel em Direito. Especialista em Direito Público.
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